Se o Rock Sertão fosse uma empresa, a sua principal missão seria: fazer e divulgar boa música, mostrar a arte de modo geral e, principalmente, difundir o rock sergipano. 


Essas são palavras de José Danilo de Santana e Kleberson Silva Souza, o “Binho”, organizadores que em 2001 criaram o maior festival de música alternativa do estado. Integrantes da banda Fator RH, eles não imaginavam que o evento tomaria proporções tão grandes.


Há nove anos atrás o Rock Sertão começava tímido, em dois quiosques da praça principal de Nossa Senhora da Glória, local em que até hoje acontece o festival. Foi apenas um dia com apresentação de quatro bandas: Fator RH (Glória), Karranka (Itabaiana) e Urublues (Itabaiana) e Maligna.

De três bandas na primeira edição, em 2001, o Rock Sertão atualmente recebe cerca de 16 durante os dias de shows. A coordenação também aumentou a cada ano, e já conta com uma equipe grande. O palco, que que media 2×2 metros, se transformou em uma estrutura com cenário duplo e com medida 12×12 metros. E o público também cresceu e se diversificou. Antes a faixa etária dos “roqueiros” situava-se entre 16 e 29 anos. Hoje já se encontram crianças com acompanhado dos pais e avós.



 Muito além de mostrar a música independente sergipana, o Rock Sertão divulga a arte em sua essência. Com oficinas de teatro e audiovisual, por exemplo, o público tem uma variedade de opções para usufruir. Essas oficinas surgiram de maneira natural, com o objetivo de aumentar o público e fazer com que o festival se tornasse variado para atingir diversos gostos artísticos.

Nesses nove anos, muitas boas bandas passaram pelo festival. The Baggios, Plástico Lunar, Karranka, Karne Krua, Urublues e outras tantas. Até Zeca Baleiro já deu o ‘ar da graça’ ao participar, a convite do Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), na edição de 2008.

E por falar em apoio do Governo, Danilo e Binho mostram que o desenvolvimento do festival se deu na medida em que houve a participação ativa das secretarias para estruturar o evento.

“A Secom nos ajudou muito, a Aperipê já transmitiu pelo segundo ano consecutivo o festival. Com a ajuda do Governo, a integração e a estrutura melhoraram, o público aumentou e nós ganhamos notoriedade com a publicidade. Saímos de algo semiprofissional para um festival profissional”, diz Danilo.